Redes Sociais

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As redes sociais como instrumentos de comunicação estão definitivamente consolidadas. A ponto da maior autoridade do país, o presidente da República, se comunicar mais por meio delas que através dos órgãos de imprensa. E cada vez mais os governantes têm feito isso. Seja porque as redes sociais se tornaram um canal direto de contato com a população, seja porque proporcionam imediatismo sem intermediários. Postada a informação, em minutos se torna de conhecimento geral à velocidade da luz. Esse é um caminho sem volta. Ao contrário, só avançará.

 Tanto isso é fato, que os meios regulares de informação (jornais, rádio e TV) estão cada vez mais conectados. A ligação direta com os leitores, ouvintes ou expectadores se torna imperiosa. Os próprios noticiosos da televisão, que foram os mais resistentes, tiveram de aderir ao império das redes sociais. A maior parte dos noticiosos interage com seu público. Muitos deles já estão, inclusive, se valendo das informações transferidas pelos expectadores para formar pauta ou atualizarem a informação. Não dá mais para ficar esperando o envio de repórteres ao local onde está ocorrendo o fato.

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 A parte boa disso tudo realmente é o imediatismo da informação. Exemplo disso aconteceu em Dois Córregos dias atrás. A notícia de que teria havido uma tentativa de assalto a uma agência bancária circulou imediatamente. Mesmo que em horário avançado da noite. Foi apresentada inclusive com fotos do local. Sem precisão é bem verdade. Embora sem detalhes, quem tinha um smartphone em mãos estava informado da anomalia. A velocidade da informação, por vezes, não se ajusta à qualidade do que é informado, o que é ruim. Mas apresenta o fato em tempo real.

Outro fator positivo é que as redes sociais dão voz a todos. Quem quiser de manifestar pode fazê-lo livremente. Expor seu pensamento, fazer seu protesto, informar o que pretende, divulgar aquilo que entende pertinente. Mais uma vez o conteúdo padece. Um dos maiores problemas atuais são as notícias falsas divulgadas pelas redes sociais, as chamadas  fake news. A divulgação delas é praticamente impossível conter. Mas sua propagação seria, se os internautas fossem mais cuidadosos na multiplicação. Quase ninguém se preocupa em verificar se a informação é procede ou não.

 Exemplo banal disso são frases ou textos constantemente divulgados, atribuídos a alguma personalidade. Muito comum viralizarem declarações do Papa Francisco sobre um tema polêmico, que o Sumo Pontífice nunca disse. Como também falas e escritos atribuídos a governantes, artistas, pensadores, escritores, que jamais aconteceram. Afora as distorções daquilo que eventualmente foi manifestado. Por mais que se advirta que o que circula pelas redes sociais não pode ser tomado como verdade absoluta, não adianta. Não há preocupação em checar para mandar adiante.

Mais complicado ainda ou quanto, é quando ocorrem manifestações sem qualquer conhecimento de causa. Isso acontece quando se opina a esmo, mesmo que sobre informações oficiais. Exemplo disso em Dois Córregos foi o festival de sandices que se viu quando circulou a informação de que a Santa Casa poderia fechar. A informação tinha uma fonte segura, a própria direção da instituição. Como o que poderia ser chamada de contrafonte, no caso a declaração da administração municipal dando conta que não deixaria o hospital fechar. Nada, no entanto, impediu a estultice. 

    

J A Voltolim

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