PÉROLAS DANTESCAS – CONTRATO CONJUGAL

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O casal morava na Vila São Sebastião, nos altos desta terra da Nhá Eva. E vivia às turras, brigando e trocando sopapos constantemente. “Vou me mandar desta casa!”. Dizia ela. Ele retrucava: “E eu vou morar com outra bem melhor que você sua vadia!”

Assim passaram alguns poucos anos de trocas de juras de amor.

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Um lindo dia de sol radiante e mais tardinha de céu azulado procuraram um advogado local. Famoso por suas questões de brigas no matrimônio.

No consultório do causídico novamente uma infinidade de ofensas entres os contendores. Eles queriam o desquite. O jovem advogado tenta apaziguar a briga e conseguir uma reconciliação, jogar uma benção nesse templo que se profanou. Mas nada. Eles estavam irredutíveis, quando mudando o tom de voz, falando num som quase clerical dá uma idéia ao casal que imediatamente é aceita. Datilografou antigamente esse era o nome, pois não havia computador, pois é, bolou ali mesmo um contrato onde os dois apõem as respectivas assinaturas. O guardião das leis e homem honrado elaborou e o casal assinou o “Contrato de Viver Bem”, sendo o mais novo tratado jurídico dos anais desta abençoada terra do Divino Espírito Santo.

josé nelson dante

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