PÉROLAS DANTESCAS – ESPUMAS FLUTUANTES

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Um famoso industrial de nossa terrinha, desses que começaram do nada, cavando igual tatu, e com muito esforço, para galgar degraus na sociedade em que vivemos. Numa verdadeira disputa acirrada. Era boa pinta, branco, bem casado, com filhos e já falecido, sempre foi de hábitos simples. Como único defeito gostava de carros grandes, de luxo, importado, com todos os acessórios que na época tinha. Para os padrões de hoje seriam verdadeiras banheiras. Naquela época não. Eram símbolos de poder.

Teve galaxies, dodge dart e um que marcou bastante um Sinca Chambord, bonito, reluzente, cor amarela.

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Como ninguém é de ferro, tinha outro hábito, aliás, melhor que adorar carros; apreciava umas crioulinhas. Sempre pretinhas. O que ele fazia não era da minha conta, nem quero entrar em polêmica. Porque isso faz muitos e muitos anos, nem me recordo direito. Só sei do apelido do carrão que os amigos carinhosamente batizaram e com ufanismo e galhardia: Navio Negreiro”.

josé nelson dante

 

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