PÉROLAS DANTESCAS – LIDANDO COM ANIMAIS

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            É o típico boiadeiro desta região. Fala mansa. Botas compridas, guaiaca na cintura e lenço amarrado no pescoço. Sempre nas esquinas em roda com os amigos, também boiadeiros, falando de bois, é claro. Houve um período que andava mais de automóvel que a cavalo. E numa dessas andanças que se iniciou a odisséia de nosso personagem. Bateu noutro carro numa cidade vizinha, porque era “barbeiro” e nada entendia de regras ou sinais de transito. Furou um sinal indevidamente. Foi indiciado em inquérito. Não compareceu ao julgamento, que ocorreu a revelia. Foi condenado a um ano de reclusão em regime fechado, na cadeia de Bauru. E os bois? Quem ia cuidar dos bois de sua propriedade que estavam num pasto verdejante de capim braquiária? Os amigos ficaram mais preocupados que o nosso boiadeiro, que tranquilamente responde:

            –- Pode deixar o gado lá mesmo, que uma rês toma conta da outra até eu voltar.

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josé nelson dante

 

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