Naquela pequena cidade encravada no centro de nosso Estado de São Paulo, o bar funcionava a todo vapor até madrugada adentro.
O Juiz de Direito da Comarca baixou uma portaria para os bares fecharem a meia-noite. Não se sabe por que, mas algum indivíduo próximo dele disse que não podia dormir à noite devido a algazarra proporcionada pelo estabelecimento. Mas pelo visto nenhum vizinho nunca reclamou. Mas vamos aos fatos:
O dono do estabelecimento que focamos na narrativa num clarão repentino de sabedoria e imaginação teve uma idéia assaz brilhante e avisou todos os habitues daquele recinto de notívagos, beberrões e bagunceiros que a partir da próxima 2a. Feira este bar fechara impreterivelmente à meia noite.
Todos deram um hurra de indignação.
Quando chega o belo dia aguardado ansiosamente o vendeiro cerrou as portas do bar a meia noite em ponto.
Quando deu meia-noite e um minuto abriu o bar novamente, para graça e vivas da gentalha freqüentadora.
Isso aconteceu em Dois Córregos, sim na nossa cidade e eu presenciei a cena o ocorrido algumas décadas atrás por ordem de um Juiz que por sinal era amicíssimo do dono do estabelecimento.
Mas lei é para ser obedecida!
