COVID-19: Cartórios registram o menor número de nascimentos em janeiro na história

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Nove meses após o primeiro mês com a pandemia instalada no Brasil, casais optam por não ter filhos e número de registros de nascimentos atinge o menor patamar, desde 2002, ano em que se iniciou a série histórica

A pandemia do novo coronavírus não só deixou um rastro de mais de 60 mil mortos entre a população, como também começa a causar impactos futuros, atingindo as taxas de natalidade no estado de São Paulo. Levantamento da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP), com base nos registros de nascimentos realizados nos 816 Cartórios de Registro Civil existentes, mostra uma queda histórica de 15% nos nascimentos em janeiro de 2021, primeiro mês após o período normal de gestação, desde a chegada da COVID-19 no Brasil, em que os casais optaram por ter filhos ou não, já com a crise sanitária instalada no País.

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Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), repositório de estatísticas dos atos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Em janeiro deste ano, foram realizados 45.333 nascimentos, número 15,5% menor que o registrado em janeiro do ano passado, quando houve 53.690 registros. A variação é ainda quase 16 pontos percentuais menor que a média histórica estadual do mês de janeiro desde 2002, que é de 0% ao ano, número que se repete quando se olha o período anual.

No Brasil, os números de nascimentos em janeiro também tiveram queda, chegando a 15,1%, com relação ao mesmo período de 2020. Foram registrados 207.901 nascimentos em janeiro de 2021, frente a 244.974 ocorridos no mesmo mês do ano anterior. Em âmbito nacional, a média histórica de variação do mês de janeiro também é de 0% ao ano, a mesma porcentagem de variação quando analisados os números do período anual.

O número de nascimentos registrados em 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o nascimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela COVID-19.

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