Durante os anos que morei em Dois Córregos, principalmente nos períodos de minha infância e adolescência convivi com personagens interessantes de nossa cidade. Alguns folclóricos, outros importantes, curiosos, simpáticos, que deixaram marcas na minha existência e também coisas que marcaram minha vida.
Vou apresentar para meus amigos e amigas leitores e sei que muitos reconhecerão de imediato o que vou relatar. Então vamos a eles
–- O “carrisimos parroquiano” do Barnabé Giron.
–- O “meo fio Oscar” do Chico Dedão.
–- Pedro Balanceado.
–- A sapataria do palmeirense roxo Galeto, menos conhecido por Afrodizio Peboni.
–- Do mais famoso coveiro da cidade o Mantino, aquele que enterrou metade dos que já se foram durante uns 30 anos.
–- A loja do Ratinho Melges vendendo ternos para homens.
–- O sorvete de nata da sorveteria e padaria do seu Araujo e dona Etelvina.
–- Do jardineiro Mendonça não deixando ninguém pisar na grama do Jardim. Batia com uma varinha nas crianças desobedientes.
–- Do mulato Zumbi que por muitos anos foi o massagista do Mocoembu.
–- Do armazém do Vota com o nome de Casa Fim do Mundo.
–- Dos cegos Durvalino e França pedindo esmolas nas casas sempre de conhecidos.
–- Do Rodolfo Reco Reco.
–- Da Gigoleti – nós falávamos alto o seu nome e ela xingava pra caramba de nomes feios.
–- O delegado chamado de Medidor de Quarteirão, pois dava passos vigiando a cidade como se fosse medir os quarteirões.
–- Do Burrorruço.
–- Do Carlos Vaz Grassio encenando o monólogo As Mãos de Eurídice.
–- Do Lazão treinador do juvenil do Mocoembu.
–- Da Maria Raquela vendendo verduras, frangos e outros gêneros do seu sítio.
–- Do croupier dos jogos de baralho do Aero Clube sempre com o seu chapéu panamá o Ângelo Dezan.
–- Do Hotel do Vasco no bairro da Paulista.
–- Do coletor Antonio Novaes Cortez o gorducho seu Totó e sua coleção de bonecas.
–- Do velho Fraschetti, dono do bar da Estação.
–- Da clínica do Dr. Voltaire tratando dos ferroviários.
–- Da Maria da Areia vendendo areia branca bem fininha para arear panelas.
–- Do famoso Matança.
–- Do corredor Peretti ganhando a corrida do 1º Centenário.
–- Da dona Carlota Mendes Calissi dando aulas de catecismo.
–- Da risada do simpático negro Bionda.
–- Do delegado de polícia apelidado de Meia Volta. Ele não sabia do apelido, senão…
–- Do bravo delegado conhecido de Bengalinha. Pois sempre tinha uma bengala na mão. Também não sabia do apelido, senão…
–- De o Chibinha auxiliar do croupier Dezan nos carteados do Aero Clube.
–- Do Albino Guirro e seu famoso guaraná Guirro.
–- Da enigmática dona Mercedes Godoy, que durante mais de 40 anos nunca saiu de casa.
THE END
Meus amigos e conterrâneos parece que foi ontem, mas muitos anos se passaram, onde citei nos meus artigos Dois Córregos antigo com histórias a meu ver interessantes e publicadas para não se perder no tempo, quando novas gerações interessadas se dar conta.
Convém esclarecer que não sou daquele sujeito obsoleto que vive suspirando: “Oh! Que tempo maravilhoso era antigamente, hoje não é igual!”.
Os tempos são sempre bons, é aquele velho jargão onde se diz que depende da gente, do estado de espírito da pessoa. Não sou do tipo saudosista, vivo muito bem hoje e até melhor que antigamente. Mas sempre é bom recordar, pois o outro ditado diz que recordar é viver!
C’EST FINI
E até a próxima semana!
josé nelson dante