PÉROLAS DANTESCAS – EU NÃO SEI FAZER CONTAS

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Morou durante uns 60 anos em Dois Córregos, vindo dos países de língua árabe, possivelmente do Líbano ou Síria, onde chegou a maioria que residia em nossa terra. Sempre com um surrado terno e gravata enrolada no pescoço. Baixinho, gordinho, cigarro de palha aceso na boca. Nunca teve carro. Nem sabia dirigir e sim andar a cavalo pela cidade. Dois filhos, meus estimados amigos.

O velhinho habitava uma casa com um quintal enorme. Gostava de agiotar, emprestar dinheiro a juros. Quando um conhecido o procurava e pedia mil reais emprestados por um mês, ele dizia que era mil e cem reais o valor cobrado com os juros. O tomador do dinheiro falava que cem reais era multo alto, sendo 10 por cento. Ele dizia que não sabia fazer conta de juros e se quisesse era assim mesmo. Se o cara queria por dois meses então era mil e duzentos reais e assim por diante.

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Como todo árabe e comerciante era muito esperto esse baixinho. Qualquer reclamação com muita educação ele novamente repetia “eu não sei fazer continia, o juro é baixinia bra boce bagar”.

Dito por não dito, na contenda, afinal, vencia o dono do dinheiro é evidente.

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