PÉROLAS DANTESCAS –  COSTUME ESTRANHO

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josé nelson dante

Há cerca de 60 anos mais ou menos no Brasil todo e em Dois Córregos também, uma mulher ou um grupinho delas não entravam num bar, somente acompanhadas dos maridos, isso quando havia a ala chamada de “Reservado” Tinha várias mesas e cadeiras e normalmente ficava nos fundos do estabelecimento sem a agitação da frente.

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Quando alguma mulher precisava chamar o marido que jogava conversa fora com os amigos ou bebendo cerveja nesse recinto, normalmente levava uma criança, aí podia ser uma menina que entrava no bar e chamava o pai. A mulher na porta esperando. Assisti isso muitas vezes nos bares de nossa cidade. A primeira a quebrar esse tabu em nossa terra foi a Ignez Calissi dona de um bar muito movimentado e com competência administrava o seu comércio. Habitava a mesma residência e com ele mantinha um vínculo de marido e mulher com o Cartorário e ex prefeito Arthur de Carvalho.

Outra pioneira de bar foi a Rosinha Fragnan, pessoa que esbanjava vivacidade e simpatia, esposa do Manoel Adamuz Neto, com bar no mesmo local que muitos anos depois foi do Luiz Zago na Rua XV, em frente a praça da Delegacia de Polícia, mas na época só existia o antigo e velho prédio da Cadeia Pública.

Também a dona Diva, esposa do Maneco Zago, que fazia além das marmitas com uma comida excepcional, a famosa coxinha de galinha no bar de seu marido no ponto mais central da Rua XV esquina com a Avenida do Cinema. Naquele tempo as coxinhas tinham um ossinho de frango numa de sua extremidade para a gente segurar o salgadinho. Habito que se foi com o tempo.

Assim lentamente foi pro “espaço” um costume medieval, com as mulheres entrando em bares e ainda assumindo as rédeas do negócio comercial.

Hoje virou coisa comum.

Ainda bem!

SEMPRE MEIO INGRESSO

 

Sou estudante e acho injusto a não cobrança de meio ingresso de meus colegas. Porque volta e meia surge uma polemica danada para acabar com a meia entrada nos cinemas, teatros e demais atividades artísticas. Devemos incentivar a juventude para a melhoria de seu nível cultura. Eu já passei dos 70 anos e quase chegando nos 80 e sempre paguei meia entrada e sempre pagarei.

Quando chego numa bilheteria tiro meio ingresso e quando me encaminho na entrada o porteiro pergunta:

— És tu Dante?

Respondo no ato sem pestanejar, mentir e fraquejar:

— Sim!

E entro todo faceiro no alegre ambiente.

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