PÉROLAS DANTESCAS – O BAILE EM TORRINHA

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JOSÉ NELSON DANTE

Os jornais de Dois Córregos de vez em quando publicam fotos antigas de nossa cidade onde aparece algum conterrâneo, ora num baile, sentados em um bar, numa cena de casamento, batizado etc.

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E por incrível que pareça na maioria das fotos percebo algum personagem meu conhecido e até lembro de seu nome. Guardei o JORNAL INDEPENDENTE de 30 de abril de 2005, onde em sua Memória Fotográfica mostra um pessoal de Torrinha com colegas de longa data daquela localidade. Até de lá, pois Torrinha, Mineiros do Tiete, Brotas, Jaú, Santa Maria da Serra, Barra Bonita são cidades-irmãs pela vizinhança e tamanho populacional.

Só Jau é um pouco maior. Mas esse negócio de contato com essa gente de outras cidades próximas procede, pois muitos deles estudaram no Ginásio Alves Mira, vinham de trem ou ônibus, outros participavam de festas e bailes aqui e nós nas suas cidades.

O intercambio era grande. Muitos aqui namoravam e nós vice-versa. Mas voltando a foto, traz Moraes Sarmento, radialista de um famoso programa da Bandeirantes de músicas do passado e o criador e apresentador de Viola minha Viola, que depois foi apresentado por Inezita Barroso, mas ele apresentava com mais competência, era mais profissional. A fotografia mostra ainda o Morato, o Quinho Seber que foi até prefeito, o meu amigo Bento Blumer, conhecido como Bento da Farmácia, aqui em Dois Córregos trabalhou na farmácia do Eriberto Machado, proprietário da Farmácia Godoy.

Ainda na foto o Nassif Cury, meus grandes amigos Guilherme Perlatti, o Coelho, o Odair Coletta e o Dinho Mangerona, irmão do Nércio. A foto em questão foi tirada na década de 70 na residência do Guilherme Perlatti, proprietário da Casa Perlatti, tradicional armazém de secos e molhados, horas antes de um baile no Clube Torrinhense Pérola da Serra, em homenagem ao radialista Moraes Sarmento, que faz uma breve aparição no palco do Clube e um discurso antes da dança.

Como nessa época, além de outros afazeres, eu tralhava como locutor da Radio Cultura, ganhamos uma mesa no famoso baile como brinde pela divulgação que fizemos. Para lá rumamos, eu, o Herson Peres e o Pinduca Pinhanelli. Na ocasião pedimos 2 cuba libre e o Pinduca um pernot, que varou a noite toda para bebermos. Porque éramos mais duros que bancos de igreja e vivíamos numa pindaíba de fazer dó naquela fase de ouro de nossa juventude. A noite não era nossa, pouco dançamos e não arrumamos uma garota o objetivo maior da viagem. Mas o pior estava por vir.

Um nosso conterrâneo, muito amigo nosso também, que por motivos óbvios declino seu nome, mas foi morador de Torrinha um bom tempo, arrumou a maior briga no festivo baile. Ele sempre entrava em brigas por qualquer motivo, principalmente nessas festas. Deu um murro bem-dado no seu antagonista, derrubando-o no chão. Os torrinhenses correram para levantar o nocauteado.

Sabem quem levou o murro histórico? O homenageado da festa. O radialista Moraes Sarmento. Que baita vexame!

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